Caridade e espiritualidade.

Se um produto tem uma diferença de preço muito grande qual a impressão que você terá da qualidade do produto mais barato? Se o mais caro te remete qualidade e o mais barato não, imagine se esse mais barato estivesse sendo dado? Eu acho válido experimentar uma marca de azeite nova. Mas se tratando do seu futuro, da sua felicidade! Será que vale mesmo a pena arriscar?

Ouço muito dizer que o meu dom é dado por Deus e por isso eu sou obrigado a fazer caridade. Nunca ouvi que um pintor tenha que pintar de graça por ter o dom da arte. Ou que alguém vai dar faxina na minha casa sem cobrar, me deixar fazer uma compra no supermercado grátis etc... É normal que o oraculista estando ainda em desenvolvimento não se sinta seguro para cobrar e jogue para pessoas próximas sem cobrar ou por moedas de maneira simbólica ( algumas religiões pregam que quando joga e não cobra você queima o seu Anjo de Guada ou compra o carma da pessoa). Creio que se pode mesmo ter problemas com o seu Anjo da Guarda ou absorver os problemas da pessoa se  acreditar nisso. O engraçado é que quem exige jogo grátis  não trabalha por opção ou pode pagar mas não quer, e sempre é para problemas amorosos. 

Quando abro o meu jogo e vejo problemas de saúde, risco de vida ou financeiro e vejo que a pessoa não pode pagar eu tenho a postura errada de fazer tudo que eu tenho que fazer de graça, muitas vezes tirando do meu para dar aos outros. Quando o jogo mostra que a pessoa pode pagar e ainda sim não ó faz, ai já é uma escolha dela, assim como a consequência dessas escolhas ficam bem longe de ferir a minha consciência.

Não tem sentido lógico e nem é justo que um cartomante dedique uma hora ou mais da sua vida para dar atenção a pessoas desconhecidas com problemas que não são dele por caridade não havendo necessidade. Então quando procurar ajuda saiba valorizar e respeitar quem vai usar a sua luz para iluminar os seus caminhos. E se você joga baralho ou qualquer outro oráculo, o primeiro passo para ser valorizado e se valorizar, é não aceitar menos do quanto você sabe que vale.